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NEUROPATIAS PERIFÉRICAS PELO DIABETE…

 

O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso periférico contém as raízes e os nervos. Por sua vez, o sistema nervoso central é composto de encéfalo, tronco encefálico e medula espinhal. Hoje vamos abordar as neuropatias no paciente com diabete melito, chamadas de periféricas pela anatomia.

Os nervos são prolongamentos de neurónios envoltos por camadas de uma gordura especial para conduzirem estímulos eléctricos. Na verdade, o funcionamento dos nervos é muito similar ao dos fios de energia que você tem dentro das paredes na sua casa. A principal diferença é que os nervos são vivos, fazem parte de um corpo que possui várias interacções com outros órgãos e sujeitos à acção de várias doenças. O cérebro manda um estímulo que caminha pela medula espinhal, raízes nervosas e por fim chega aos nervos para fazer os músculos se movimentarem. Ou então, um estímulo de tacto ou dor é transportado no caminho oposto para chegar ao cérebro e desencadear uma reacção. De qualquer maneira as vias devem estar intactas para um bom funcionamento, assim qualquer alteração pode levar a dificuldades de movimentos, sensibilidade ou ambos.

As doenças que afectam os nervos periféricos podem ser específicas destes nervos como no caso de doenças genéticas mais raras com padrão familiar claro e evolução nem sempre favorável. Entretanto, a causa mais comum de alteração de vários nervos periféricos, que denominamos polineuropatia periférica é o diabete melito tipo 1 ou 2. O diabete melito tipo 1 é aquele tipo que aparece por falha na produção de insulina, principalmente em crianças, com obrigatoriedade do tratamento com reposição de insulina. A diabete tipo 2 consiste em uma resistência à insulina em tecidos pelo excesso de gordura no organismo, mais localizada no abdómen. O tratamento deste tipo de diabete tipo 2 é realizado pelo controlo de peso, dieta, medicamentos orais e em casos mais avançados, também pela insulina.

Nos dois tipos de diabete melito há uma alteração nas camadas dos nervos periféricos pelo excesso de glicose na circulação. Como resultados temos um “fio de electricidade defeituoso” em paceintes com diabete melito descompensada por um período mais prolongado. Os pacientes com diabete que iniciam com sintomas de formigueiro e dores nas extremidades dos braços  pernas pode estar apresentando sinais e sintomas de uma polineuropatia periférica pelo diabete. Outros achados como diminuição da potência sexual são comuns neste tipo de polineuropatia. Em alguns pacientes também podemos presenciar atrofia de mãos e pés pela alteração motora destes nervos periféricos. Os pacientes com diabete melito devem ser acompanhados e monitorizados regularmente.

Além de todas estas possíveis complicações, é importante ressaltar que normalmente este tipo de polineuropatia está temporalmente associado à alteração de retina destes pacientes. Risco dobrado, vigilância quadruplicada! Este tipo de complicação do diabete melito pode ser tratado e revertido, em sua maioria, pelo controle dos níveis de glicose no sangue e com auxílio de alguns medicamentos para controlo da dor. Qualquer sintoma ou dúvida procure seu médico.

 

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